Pense Diferente
- Máfia Catarina
- 24 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de ago. de 2020
A frase “A Humanidade deu errado” aparece algumas vezes na mídia, nas conversas ou nos meus pensamentos.
Quando estou com os meus botões, consultamos o que aprendemos com a história, notícias e vivências. E uma resposta sempre aparece: o rótulo.
Chegou um momento em que precisamos ter definição para tudo. Tribo, região, raça, religião, partido político, profissão, orientação sexual, estilo musical, gênero e por aí vai.
Até aí, Eu não vejo problema. A construção da personalidade humana é o desafio da vida. Mas o complicado é a prática da ignorância ou do preconceito com aquilo que não faz parte das suas escolhas. Fazendo isso o Ser passa a deixar a sua mente no modo passivo do pensamento em grupo. E isso não é bom.
Acompanha comigo e veja se este não é o jogo que Você está. Dizem que para ser uma pessoa bem sucedida é necessário um diferencial.
Mas é só um mesmo ok? E esse “diferencial”
não deve incomodar uma sociedade que vai te educar como viver. Seja fit, seja cool, seja fashion, esteja on line, não aceite segundo lugar e sempre que puder faça críticas.
Que saber? Se Você tem oportunidade, não foque em fazer a diferença, SEJA A DIFERENÇA. Com isso, o fazer a diferença será natural e original. Eu digo ter oportunidade, pois ainda estamos em um mundo em que praticar uma religião pode ser contra lei. E o acesso ao estudo pode ser o preço da alimentação do mês.
Então se você puder, pratique o pensar diferente. Experimente com os SEUS olhos, deguste com o SEU paladar, ouça com os SEUS ouvidos. Não pense para agradar ou pertencer. Assim a construção de um pensamento único será inevitável.
Mas aqui também custa caro. O desafio será agüentar o clichê de receber críticas construtivas de quem não constrói. E cuidado para não cair na armadilha de criticar o crítico. Desapega de ser um jurado de show e estrelas e tome o seu lugar de estrela.
Tem um filme que eu amo e que passa uma mensagem sobre isso. No clássico Uma Noiva em Fuga, Julia Roberts vive Maggie, que sempre se vê em uma enrascada quando tenta subir no altar. Com ajuda do jornalista Ike, interpretado por Richard Gere, ela percebe que não sabe responder de como gosta dos ovos no café da manhã. Até então ela gostava de todos os tipos. Mas chega um momento que é necessário parar, experimentar e formar opinião sobre: frito, mexido, cozido, poche... Sempre achei a metáfora ótima e desde 99 carrego comigo. Porque em alguma fase da vida já interpretamos uma Maggie. Tem horas em que é mais fácil e popular, se anular e agradar. Bancar a fofa sabe? Não faça isso. Não se conhecer também é uma prática de ignorância. Então vai lá. Pega a por** da panela e vá descobrir como Você gosta dos ovos.
Faça dar certo.
Pense diferente
Por: Heloisa Cardoso
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